Depois de tanta informação, críticas e tals, resolvi dar a minha singela opinião.
Pelo que entendi a reforma ortográfica veio para padronizar a ortografia da língua portuguesa. O que era um desejo antigo de alguns intelectuais de ambos países foi ressuscitado devido a algumas reclamações da ONU. Há, na língua portuguesa, duas variantes na ortografia, a européia e a americana; e a reforma veio para unificar essas variantes. Não houve reforma para simplificar e popularizar o uso da norma culta, tampouco facilitar o ensino escolar.
Sobre a reforma em si. O trema nunca me fez falta, já vai tarde. Nos acentos pouca coisa mudou, e o que mudou não será nenhum bicho de sete cabeças. Só achei que já que manteve-se o acento diferencial em pôr/por, poderia ter mantido também em pára/para (o resto são palavras em desuso mesmo, ou tem seu uso muito restrito). Já sobre o hífen o buraco a coisa fica um pouco mais complicada. Alguns tópicos, como a questão da perda de composição em paraquedas e não em guarda-chuva, são muito sutis. Quem será que vai dizer se é ou não é? Parece que elegeram o Bechara... De qualquer maneira vou esperar fevereiro, quando será lançado o novo VOLP pela ABL para pensar em comprar um dicionário atualizado.
Acredito que todo esse movimento contra a reforma seja motivado por aquele sentimento do homem de repelir o novo. Séculos de domínio da igreja católica deu nisso. As pessoas estão acostumadas a escrever de uma maneira, e se sentem apavoradas em ter que reaprender. Mas elas não se dão conta que essa mudança é mínima. Alguém reparou as novas mudanças em seu dia-a-dia? Nas televisão, no jornal, na internet... Vamos continuar vivendo, e continuar com dúvidas na hora de escrever, isso é normal. Agora, ninguém pensa nas escolas carentes, que já tinham um material didático escasso, e que agora esse pouco que têm estará desatualizado, impedido de usar.
Bem, esses são meus devaneios.
Bjinho
Rafa
Ps: E você, o que acha?
sábado, 10 de janeiro de 2009
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