quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sobre hoje, o amanhã e o depois

Sabe quando você se depara com uma história, ou uma música, ou uma fotografia, e percebe que o autor, ou o compositor, ou o fotógrafo, está sentindo o mesmo que você? Meu deus, ele esta falando de mim. Ou sou eu que estou inspirando ele? Isso aconteceu comigo ontem ao ler o conto “Além do ponto”, do Caio Fernando Abreu. Você já leu Caio F.? Por favor, pare tudo e vá ler. Deixe a novela, a partida, o TCC. Nada disso importa. O que importa é a sensação de se reconhece e se envolver com aquela história que você está lendo, ouvindo, vendo. “[...] mas eu não podia, ou podia mas não devia ou podia mas não queria ou não sabia mais como se parava ou voltava atrás, eu tinha que continuar indo ao encontro [...]” (ABREU, 2003, p. 35). [Desculpem-me, é a força do hábito.] Como vocês podem perceber, estou numa fase muito sensível. Fase de mudanças. Mudar é ótimo, mas dá um frio na barriga. Nessas horas sabemos quando começa o processo, mas nunca sabemos quando ele termina, tampouco como e onde. E isso é bom. Porém vai dizer isso pra cabeça, e pro coração. Não sei se foi hoje ao rasgar alguns papeis. Ou se foi semana passada ao revisar, pela última vez, uma relação de presenças. Ou se foi ao nascer, quando tudo começou. Sexta darei adeus ao SEBRAE, final do ano será a vez da monitoria do Fórum, e semestre que vem será à faculdade. O que mais ficará pelo caminho? O que mais chegará e me inundará de emoções, sentimentos e aprendizagens, como nos últimos quatro, três, dois anos? Tempos de mudanças. Quem sabe o que me espera? UFRGS? PUCRS? SECRS? Atento? Não importa. Só sei que hoje, e apenas hoje [e talvez amanhã, e sexta, e na próxima semana, e nos próximos meses] me sinto frágil. Estou carente, saudosista, reflexivo. Mas é só hoje. Amanhã uma nova janela se abrirá. E como canta Chico, “amanhã vai ser outro dia”.

Ps: Mas ele continua “hoje você (a saudade) é quem manda, falou ta falado, não tem explicação”.

sábado, 13 de março de 2010

Sobre BBB, séries e bichices...

Calmem, é isso mesmo. Nova postagem no blog. Ando sem tempo para postar aqui, mas achei esse texto muito bom.

A comédia da “conversão” dos gays: quando o BBB imita "Seinfeld"

Assunto da semana no BBB10, a divertida troca de olhares, carícias e insinuações entre Serginho e Fernanda recoloca em cena o tema da “conversão” de gays. Será “a maior jogada de marketing de todos os BBBs”, como suspeita Dourado, ou há alguma verdade neste relacionamento, como parece acreditar Michel?
Recomendo assistir o episódio “The Beard”, exibido na sexta temporada de “Seinfeld”, em 1996, mas disponível em DVD. Uma das divertidas histórias do programa envolve Elaine e Robert, um amigo gay, que não pode assumir a sua condição no trabalho porque o chefe é muito conservador.
A comédia começa quando Elaine faz o favor de sair com Robert no esforço de convencer o chefe do sujeito sobre a sua masculinidade. O programa, lógico, é um espetáculo de balé, “O Lago dos Cisnes”, no Metropolitan. Tudo corre bem durante a noitada – tão bem, aliás, que ela fica encantada por ele.
“Conversão? Troca de times?”, pergunta Seinfeld ao ouvir o relato de Elaine. “Por que ele não pode jogar conosco?”, ela pergunta, insistindo na metáfora esportiva. “Porque ele se sente bem com o próprio equipamento”, responde Seinfeld.
Elaine volta a sair com Robert e pergunta: “Já pensou em trocar de time?”. Ele diz que não, mas admite arriscar. “Vou começar como defensor”, propõe. De tanto insistir, Elaine consegue uma noite de amor com Robert. “Eu o transformei”, ela conta depois para Seinfeld. “É uma lição para as crianças: tudo é possível”, diz. E acrescenta: “É a relação perfeita: só sexo e compras”.
Dias depois, Elaine volta a procurar Seinfeld para contar que a relação não progrediu. “Ele recuou”, diz. “Como mulher, só tenho acesso ao equipamento por 30 a 45 minutos por semana. Como posso ter o mesmo conhecimento que gente que possui esse equipamento e tem acesso a ele 24 horas por dia?” Responde Seinfeld: “Você não pode. E é por isso que eles perdem tão poucos jogadores”.
+ + +
Na noite de quarta-feira, quando começou a comédia do namoro entre Serginho e Fernanda, Dourado deu um show de humor – à sua maneira, é claro. “Ele tem que aprender o que é bom”, disse para Michel, logo completando: “Nada de preconceito”. Um pouco depois, o lutador disse: “De repente, esse guri vai sair daqui um lutador de vale-tudo”. E acrescentou: “Imagina se ela regenera o guri?”
Michel e Dourado ficaram brincando, ensinando técnicas para Serginho conquistar Fernanda. A sugestão do lutador foi, de longe, a mais sutil: “Pega na nuca, puxa o cabelo dela e dá uma cuspida na boca dela”.
Fica a dica.
Ps: Fora Dourado!!!
Bjinho
Rafa