quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Lembram daquele poema de Safo que postei no blog? Pois é, hoje fizemos uma análise dele em aula. Dentro todas aquelas discussões fiquei reflexivo. Depois de tantas guerras, revoluções, novas concepções, novos paradigmas. Toda uma história, descobertas, desvendamos o corpo humano, fomos à lua, e tantas outras coisas......25 séculos de cultura ocidental. E continuamos os mesmos, quando falamos de paixão. Releiam esse poema, montem a cena em suas cabeças. Vai dizer que não sente a mesma coisa quando o celular toca, e você corre para ver qual é o nome que brilha no visor?
Parece-me igual dos deuses
ser aquele homem que, à tua frente sentado,
de perto, doces palavras, inclinando o rosto,
escuta,

e quando te ris, provocando desejo; isso, eu juro,
me faz com pavor bater o coração no peito;
eu te vejo um instante apenas e as palavras
todas me abandonam;

a língua se parte; debaixo da minha pele,
no mesmo instante, corre um fogo sutil;
meus olhos não vêem; zumbem
meus ouvidos;

um frio suor me recobre, um frêmito se apodera
do corpo todo, mais verde que as ervas
eu fico; e que já estou morta,
parece.

Ps: Ainda somos os mesmos.....
BjinhoRafa

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