quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Religião e Homossexualidade

Essa questão é polêmica, tabu, mais do que a aceitação familiar. É possível ser abertamente homossexual e frequentar uma igreja, um templo? Pior do que uma deficiência física, é tido como anomalia, anti-natural, como se a tendência sexual de cada um fosse uma escolha, como se isso fosse vergonhoso, como se te desqualificasse como pessoa. Você não é valorado pelo que pensa, pelo que faz, mas sim pelos preceitos que segue e pela "fé" que demonstar. Algumas aceitam você, mas não o que você é, tua conduta é desencorajada. Tenho muitas utopias bobas, entre elas a de que a pessoa deva ser vista e entendida como é, afinal, espírito, alma, preceitos, carmas, dogmas nada são e nada representam se não significarem uma amplidão na visão.
Budismo: A homossexualidade não é questão de interesse religioso, mas de cunho pessoal. A vida sexual de seus participantes não é considerada determinante para a vida religiosa. O homossexual, como qualquer outro membro, deve agir com responsabilidade, respeito e sabedoria. Toda a prática sexual que prejudique, manipule ou explore outros é absolutamente proibida, não fazendo nenhuma distinção entre relações homossexuais e heterossexuais. Na lenda do nascimento do Buda há uma passagem em que o menino Buda, após nascer, caminha sete passos e, com a mão esquerda apontando para a terra e a mão direita apontando para o céu, declara: "Entre o céu e a terra não há Ser mais digno de respeito do que o Ser Humano".
Catolicismo: A Igreja Católica faz a distinção entre orientação homossexual, que considera moralmente neutra, e comportamento homossexual, que considera pecaminoso. Por outras palavras, pode ser homossexual, desde que não se "pratique". Desta forma, o homossexual, que sentisse essa sua 'orientação' teria de levar uma vida de total abstinência sexual.
Cultos Afros: A Umbanda e o Candomblé são tolerantes quanto à homossexualidade porque são opções individuais e não compete às religiões condenar ou estigmatizar, mas tão somente orientar seus fiéis nos aspectos religiosos e morais.
Espiritismo: O Espiritismo ensina que os espíritas devem sempre respeitar o comportamento da pessoas, procurando compreendê-las, quando suas atitudes não estão de acordo com aquilo que não é considerado normal; por isso não é contra os homossexuais, mas também não é a favor da homossexualidade. O Espiritismo não é contra o sexo, mas contra o abuso da atividade sexual.Consideram a homossexualidade como um distúrbio de comportamento sexual intrínseco, marcado pela feminilidade ou masculinidade da alma, muitas vezes levada àquela condição, por força da educação, dos desequilíbrios emocionais e de influências diversas, inclusive daqueles que no passado (outras encarnações).
Kardecismo: Aceita a homossexualidade como resultado de conflitos cármicos, mas incentiva o celibato. Não se fala no assunto. Alguns membros são bastante preconceituosos, outros mais abertos.
Mórmons: A causa do homossexualismo é uma aberração. Primeiro, quando Deus organizou a Terra e fez a separação, criou o homem e a mulher, dizendo crescei e multiplicai-vos, portanto há um mandamento, para crescer e multiplicar. Ele fez o homem com toda a sua organização genética (pênis, esperma, etc...), e fez a mulher com a sua funcionalidade única (útero, vagina, etc..) e para que se realizasse ou se perpetuasse a criação, o nascimento de uma criança, através do ato sexual criado pela sabedoria divina, unindo-os pelo amor e o casamento legal para a formação de uma família. O homossexualismo inviabiliza este mandamento de Deus. É profundamente egocêntrico. É uma aversão, então, se prevalecer o homossexualismo na Terra o sacrifício de Cristo teria sido em vão. A Bíblia cita até que todos os pecados que se cometem, cometem fora do corpo, mas o homossexualismo se comete dentro do próprio corpo. Portanto, a igreja é totalmente contra o homossexualismo. Agora, havendo o arrependimento do homossexual, ele poderá ser aceito dentro da igreja como outra pessoal qualquer, um filho do nosso Pai celestial. Temos até casos de adeptos que se arrependeram e voltaram a Cristo.
Judaísmo: Considera como anti-natural. Adota a norma de “aceitar o pecador, mas não o seu pecado”. O relacionamento sexual é certamente condenado pelo Judaísmo, porque não leva a procriação e nem a constituição de uma família. Judeus gays formam os grupos mais mobilizados de homossexuais religiosos.
Islamismo: Condena abertamente a homossexualidade e o homossexual. Homossexuais ou mesmo atos homossexuais esporádicos são punidos severamente.De acordo com documentação produzida pela Al-Fatiha, existe um consenso entre os estudiosos do Islã de que todos os humanos são naturalmente heterossexuais. A homossexualidade é vista como um pecado e um desvio da norma sendo considerados contra a lei. Segundo os Hanafitas (Islâmicos do Sul e Leste da Ásia): não deve ser aplicado nenhum castigo físico aos homossexuais. Já para os Hanabalitas (mundo Árabe): deve ser aplicado um castigo físico severo.
Seicho-No-Ie: A Seicho-No-Ie considera o homossexual como manifestação anômala da sexualidade, não se identificando com o seu tipo físico. Portanto, não é a favor nem contra, mas sua postura é no sentido de as pessoas manifestem a perfeição interior, que compreende também a expressão plena de características masculinas e femininas, conforme o sexo com que nasceram.
Hare Krishnas: Para os Hare Krishnas ser homossexual se deve ao ‘karma’ da pessoa, talvez ele tenha sido muito apegado a sua posição de homem ou mulher, e na outra vida veio com outro sexo, mas com as qualidades do sexo anterior.
Evangélicos: Apesar da grande ramificação e diversidade doutrinária dos evangélicos trata-se de uma religião cristã e o seu posicionamento perante a homossexualidade varia de acordo com a corrente de pensamento dentro do protestantismo.Mesmo já existindo, raras igrejas que aceitam o homossexual em sua condição a maioria dos evangélicos entendem que a homossexualidade não corresponde aos desejos de Deus para com a humanidade, rejeitam as uniões entre casais homossexuais e proíbem a ordenação de clérigos abertamente homossexuais. Consideram como regra geral que a homossexualidade é um distúrbio emocional, um problema psíquico e demoníaco.

Bjinho
Rafa

Fonte: http://rapazesdefinotrato.blogspot.com/

4 comentários:

Anônimo disse...

Credo, quase não temos para onde correr, triste isso!

Rafael Marves disse...

Sempre há Deus, Marcelitium...

Pera disse...

Seu estudo é muito interessante, tudo que você disse é realmente verdade.Mas eu te pergunto, sera que é isso que Deus realmente pensa?Sera que o homem não manipulou as palavras dos mensageiros de Deus?Diante de tal situação, o que fazer?Seguir as supostas palavras de Deus ou sueguir o coração, e talvez ser julgado culpado no fim?Por isso eu digo sempre se a vida fosse fácil, não teria graça alguma viver.

Anônimo disse...

Muito bem redigido, gostei muito! Eu sou Sacerdote Umbandista, e no templo que coordeno, não existe este tipo de preconceito. Conheça meu blog, não escrevo tão bem quanto você, mas faço de coração! Abraços! Alexandre
http://templomadreperola.wordpress.com