Curta baseado na obra de Caio Fernando Abreu. Excelente!
Bjinho
Rafa
terça-feira, 28 de outubro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
Exemplo de sabedoria
Grande exemplo a ser seguido, só podia vir do mestre Maurício de Souza. Vamos valorizar a cultura popular, e respeitar o conhecimento e a sabedoria dos que estão ao nosso redor. Impossível não se emocionar com esse exemplo e pensar que a realidade atual é bem diferente dessa pequena ficção.
Bjinho
Rafa
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Adeus, Lênin!
Grande comédia com ares dramático. Imagine você dormir e meses depois acordar e o seu mundo ao redor está de cabeça para baixo? Agora você imagine se isso acontecesse com a sua mãe e você começasse uma corrida louca para recriar o antigo mundo para não perdê-la. Vale a pena, muito. Sempre vimos a imagem da queda do muro de Berlim pelo nosso ponto de vista, e como fica quem estava do outro lado do muro?
Bjinho
Rafa
Bjinho
Rafa
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Religião e Homossexualidade
Essa questão é polêmica, tabu, mais do que a aceitação familiar. É possível ser abertamente homossexual e frequentar uma igreja, um templo? Pior do que uma deficiência física, é tido como anomalia, anti-natural, como se a tendência sexual de cada um fosse uma escolha, como se isso fosse vergonhoso, como se te desqualificasse como pessoa. Você não é valorado pelo que pensa, pelo que faz, mas sim pelos preceitos que segue e pela "fé" que demonstar. Algumas aceitam você, mas não o que você é, tua conduta é desencorajada. Tenho muitas utopias bobas, entre elas a de que a pessoa deva ser vista e entendida como é, afinal, espírito, alma, preceitos, carmas, dogmas nada são e nada representam se não significarem uma amplidão na visão.
Budismo: A homossexualidade não é questão de interesse religioso, mas de cunho pessoal. A vida sexual de seus participantes não é considerada determinante para a vida religiosa. O homossexual, como qualquer outro membro, deve agir com responsabilidade, respeito e sabedoria. Toda a prática sexual que prejudique, manipule ou explore outros é absolutamente proibida, não fazendo nenhuma distinção entre relações homossexuais e heterossexuais. Na lenda do nascimento do Buda há uma passagem em que o menino Buda, após nascer, caminha sete passos e, com a mão esquerda apontando para a terra e a mão direita apontando para o céu, declara: "Entre o céu e a terra não há Ser mais digno de respeito do que o Ser Humano".
Catolicismo: A Igreja Católica faz a distinção entre orientação homossexual, que considera moralmente neutra, e comportamento homossexual, que considera pecaminoso. Por outras palavras, pode ser homossexual, desde que não se "pratique". Desta forma, o homossexual, que sentisse essa sua 'orientação' teria de levar uma vida de total abstinência sexual.Budismo: A homossexualidade não é questão de interesse religioso, mas de cunho pessoal. A vida sexual de seus participantes não é considerada determinante para a vida religiosa. O homossexual, como qualquer outro membro, deve agir com responsabilidade, respeito e sabedoria. Toda a prática sexual que prejudique, manipule ou explore outros é absolutamente proibida, não fazendo nenhuma distinção entre relações homossexuais e heterossexuais. Na lenda do nascimento do Buda há uma passagem em que o menino Buda, após nascer, caminha sete passos e, com a mão esquerda apontando para a terra e a mão direita apontando para o céu, declara: "Entre o céu e a terra não há Ser mais digno de respeito do que o Ser Humano".
Cultos Afros: A Umbanda e o Candomblé são tolerantes quanto à homossexualidade porque são opções individuais e não compete às religiões condenar ou estigmatizar, mas tão somente orientar seus fiéis nos aspectos religiosos e morais.
Espiritismo: O Espiritismo ensina que os espíritas devem sempre respeitar o comportamento da pessoas, procurando compreendê-las, quando suas atitudes não estão de acordo com aquilo que não é considerado normal; por isso não é contra os homossexuais, mas também não é a favor da homossexualidade. O Espiritismo não é contra o sexo, mas contra o abuso da atividade sexual.Consideram a homossexualidade como um distúrbio de comportamento sexual intrínseco, marcado pela feminilidade ou masculinidade da alma, muitas vezes levada àquela condição, por força da educação, dos desequilíbrios emocionais e de influências diversas, inclusive daqueles que no passado (outras encarnações).
Kardecismo: Aceita a homossexualidade como resultado de conflitos cármicos, mas incentiva o celibato. Não se fala no assunto. Alguns membros são bastante preconceituosos, outros mais abertos.
Mórmons: A causa do homossexualismo é uma aberração. Primeiro, quando Deus organizou a Terra e fez a separação, criou o homem e a mulher, dizendo crescei e multiplicai-vos, portanto há um mandamento, para crescer e multiplicar. Ele fez o homem com toda a sua organização genética (pênis, esperma, etc...), e fez a mulher com a sua funcionalidade única (útero, vagina, etc..) e para que se realizasse ou se perpetuasse a criação, o nascimento de uma criança, através do ato sexual criado pela sabedoria divina, unindo-os pelo amor e o casamento legal para a formação de uma família. O homossexualismo inviabiliza este mandamento de Deus. É profundamente egocêntrico. É uma aversão, então, se prevalecer o homossexualismo na Terra o sacrifício de Cristo teria sido em vão. A Bíblia cita até que todos os pecados que se cometem, cometem fora do corpo, mas o homossexualismo se comete dentro do próprio corpo. Portanto, a igreja é totalmente contra o homossexualismo. Agora, havendo o arrependimento do homossexual, ele poderá ser aceito dentro da igreja como outra pessoal qualquer, um filho do nosso Pai celestial. Temos até casos de adeptos que se arrependeram e voltaram a Cristo.
Judaísmo: Considera como anti-natural. Adota a norma de “aceitar o pecador, mas não o seu pecado”. O relacionamento sexual é certamente condenado pelo Judaísmo, porque não leva a procriação e nem a constituição de uma família. Judeus gays formam os grupos mais mobilizados de homossexuais religiosos.
Islamismo: Condena abertamente a homossexualidade e o homossexual. Homossexuais ou mesmo atos homossexuais esporádicos são punidos severamente.De acordo com documentação produzida pela Al-Fatiha, existe um consenso entre os estudiosos do Islã de que todos os humanos são naturalmente heterossexuais. A homossexualidade é vista como um pecado e um desvio da norma sendo considerados contra a lei. Segundo os Hanafitas (Islâmicos do Sul e Leste da Ásia): não deve ser aplicado nenhum castigo físico aos homossexuais. Já para os Hanabalitas (mundo Árabe): deve ser aplicado um castigo físico severo.
Seicho-No-Ie: A Seicho-No-Ie considera o homossexual como manifestação anômala da sexualidade, não se identificando com o seu tipo físico. Portanto, não é a favor nem contra, mas sua postura é no sentido de as pessoas manifestem a perfeição interior, que compreende também a expressão plena de características masculinas e femininas, conforme o sexo com que nasceram.
Hare Krishnas: Para os Hare Krishnas ser homossexual se deve ao ‘karma’ da pessoa, talvez ele tenha sido muito apegado a sua posição de homem ou mulher, e na outra vida veio com outro sexo, mas com as qualidades do sexo anterior.
Evangélicos: Apesar da grande ramificação e diversidade doutrinária dos evangélicos trata-se de uma religião cristã e o seu posicionamento perante a homossexualidade varia de acordo com a corrente de pensamento dentro do protestantismo.Mesmo já existindo, raras igrejas que aceitam o homossexual em sua condição a maioria dos evangélicos entendem que a homossexualidade não corresponde aos desejos de Deus para com a humanidade, rejeitam as uniões entre casais homossexuais e proíbem a ordenação de clérigos abertamente homossexuais. Consideram como regra geral que a homossexualidade é um distúrbio emocional, um problema psíquico e demoníaco.
Bjinho
Rafa
Fonte: http://rapazesdefinotrato.blogspot.com/
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Brokeback Mountain
Mostraram-me esse texto, que alegam ser de autoria do Arnaldo Jabor. Não sei se essa informação é confiável, mas isso não importa. Achei esse texto muito sincero, bonito.
Eu não queria ver o filme “Segredo de Brokeback Mountain”. Não queria. Ver filme de viados, eu? (Escrevo viado porque, como disse Millôr, quem escreve “veado” é viado). Muito bem; eu resistia à idéia, mais ou menos como o Larry David (o roteirista de “Seinfeld”) disse, num artigo engraçadíssimo, que tinha medo de virar gay se ficasse emocionado.
O viado sempre encarnou a ambigüidade de nossos sentimentos. Claro que, hoje, os civilizados todos dizem que “tudo bem, que são contra a homofobia” e todo o bullshit costumeiro. Eu mesmo já fiz filmes em que viados são protagonistas, em que o ator principal escolhe o homosexualismo no final (“Toda Nudez Será Castigada”), já filmei travesti em “Eu te Amo” e em “Eu Sei Que Vou te Amar”, além da biba louca do “O Casamento”, em que o grande ator André Valli dá um show inesquecível.
Em todos os meus filmes há uma boneca ativa e digna. E, no entanto, eu não queria ver o tal filme do Ang Lee, apelidado pelos machistas finos de “Chapada dos Viadeiros”.
Minhas razões eram mais discretas, intelectuais: “Ah... porque o Ang Lee é um cineasta mediano, ah... porque será mais um filme politicamente correto, onde o amor de dois caubóis é justificado romanticamente... Vou fazer o que no cinema? Ver mais um panfletinho que ensina que os gays devem ser compreendidos em seu ”desvio“? Não. Não vou”, pensei.
Aliás, eu sou do tempo em que os viados apanhavam na cara em plena rua. Havia pouquíssimos gays declarados no Brasil. No Rio, havia o Murilinho... cantor de fox em boates, havia o Clovis Bornay e poucos outros...
O viado passava na rua sob os rosnados dos boçais prontos para lhes tirar sangue. E, no anonimato, enxameavam os pobres “pederastas”, de terno e gravata, pais de família se esgueirando nas esquinas, nas noites escuras, em busca de satisfação.
Mais tarde, com o tempo, surgiram as “bichas loucas”, que se assumiam com um toque de autoflagelação, de autoderrisão, caricaturas da mãe odiada e amada, que berravam e desfilavam nos carnavais num freje humorístico, que até hoje alimenta nossos shows na TV. A “bicha” virou uma personagem clássica do humor, como os palhaços e os bacalhaus de circo. E tudo bem... são engraçados mesmo.
Depois, com os direitos civis dos anos 60, surgiu a gay power, com homossexuais fortes e de bigode, malhados, cheios de orgulho. A viadagem virou um poder político importante, claro, mas até meio sério demais, aspirando a uma “normalidade” que contrariava sua “missão” trangressiva que tanto nos acalmava. Como disse Paulo Francis um dia, sacaneando-os: “Se esses caras querem todos os direitos e deveres dos caretas como nós, qual é então a vantagem de ser viado?”
Em suma, por mais que “aceitemos” os gays, eles sempre foram uma fonte de angústia, pois atrapalham nosso sossego, nossa identidade “clara”. O gay é duplo, é dois, o viado tem algo de centauro, de ameaçador para a unicidade do desejo. A bicha louca ou o travesti, a biba doida ou o perobo , o boy , o puto, a santa, a tia, a paca, todos eles nos tranqüilizavam com suas caricaturas auto-excludentes. Já o gay sério inquieta. O gay banqueiro, o gay de terno, o gay forte, o gay caubói são muito próximos de nos, a diferença fica mínima.
Por isso, eu não queria ver o tal filme dos caubóis. Como? Caubói de mãos dadas, dando beijos românticos, com tristes rostos diante do impossível? Não. Eu, não. Mas, aí, por falta de programa, “distraidamente”... (aí, hein, santa?...) fui ver o filme.
E meu susto foi bem outro. O filme não me pedia aprovação alguma para o homossexualismo, o filme não demandava minha solidariedade. Não. Trata-se de um filme sobre o império profundo do desejo e não uma narração simpática de um amor “desviante”.
O filmes se impõe assustadoramente. Os dois caubóis jovens e fortes se amam com um tesão incontido e são tomados por uma paixão que poucas vezes vi num filme, hetero ou não. Foi preciso um chinês culto para fazer isso. Americano não agüentava.
Nem europeu, que ia ficar filosofando. “Brokeback” é imperioso, realista, sem frescuras. Eu fiquei chocado dentro do cinema, quando os dois começam a transar subitamente, se beijando na boca com a fome ancestral vinda do fundo do corpo.
O filme não demandava a minha compreensão. Eu é que tinha de pedir compreensão aos autores do filme, eu é que tive de me adaptar à enorme coragem da história, do Ang Lee.
Eu é que precisava de apoio dentro do cinema, flagrado, ali, desamparado no meu machismo “tolerante”. Eu é que era o careta, eu é que era o viado no cinema, e eles, os machos corajosos, se desejando não como pederastas passivos ou ativos, mas como dois homens sólidos, belos e corajosos, entre os quais um desejo milenar explodiu.
Não há no filme nada de gay, no sentido alegre, ou paródico ou humorístico do termo. Ninguém está ali para curtir uma boa perversão. Não. Trata-se de um filme de violento e poderoso amor. É dos mais emocionantes relatos de uma profunda entrega entre dois seres, homos ou heteros.
Acaba em tragédia, claro, mas não são “vítimas da sociedade”. Não. Viveram acima de nós todos porque viveram um amor corajosíssimo e profundo. Há qualquer coisa de épico na história, muito mais que romântica. Há um heroísmo épico, grego, como entre Aquiles e Pátroclo na “Ilíada”, algo desse nível.
O filme não é importante pela forma, linguagem ou coisas assim. Não. Ele é muito bom por ser uma reflexão sobre a fome que nos move para os outros, sobre a pulsação pura de uma animalidade dominante, que há muito tempo não vemos no cinema e na literatura, nesses tempos de sexo de mercado e de amorezinhos narcisistas.
Merece os Oscars que ganhou. Este filme amplia a visão sobre nossa sexualidade.
O viado sempre encarnou a ambigüidade de nossos sentimentos. Claro que, hoje, os civilizados todos dizem que “tudo bem, que são contra a homofobia” e todo o bullshit costumeiro. Eu mesmo já fiz filmes em que viados são protagonistas, em que o ator principal escolhe o homosexualismo no final (“Toda Nudez Será Castigada”), já filmei travesti em “Eu te Amo” e em “Eu Sei Que Vou te Amar”, além da biba louca do “O Casamento”, em que o grande ator André Valli dá um show inesquecível.
Em todos os meus filmes há uma boneca ativa e digna. E, no entanto, eu não queria ver o tal filme do Ang Lee, apelidado pelos machistas finos de “Chapada dos Viadeiros”.
Minhas razões eram mais discretas, intelectuais: “Ah... porque o Ang Lee é um cineasta mediano, ah... porque será mais um filme politicamente correto, onde o amor de dois caubóis é justificado romanticamente... Vou fazer o que no cinema? Ver mais um panfletinho que ensina que os gays devem ser compreendidos em seu ”desvio“? Não. Não vou”, pensei.
Aliás, eu sou do tempo em que os viados apanhavam na cara em plena rua. Havia pouquíssimos gays declarados no Brasil. No Rio, havia o Murilinho... cantor de fox em boates, havia o Clovis Bornay e poucos outros...
O viado passava na rua sob os rosnados dos boçais prontos para lhes tirar sangue. E, no anonimato, enxameavam os pobres “pederastas”, de terno e gravata, pais de família se esgueirando nas esquinas, nas noites escuras, em busca de satisfação.
Mais tarde, com o tempo, surgiram as “bichas loucas”, que se assumiam com um toque de autoflagelação, de autoderrisão, caricaturas da mãe odiada e amada, que berravam e desfilavam nos carnavais num freje humorístico, que até hoje alimenta nossos shows na TV. A “bicha” virou uma personagem clássica do humor, como os palhaços e os bacalhaus de circo. E tudo bem... são engraçados mesmo.
Depois, com os direitos civis dos anos 60, surgiu a gay power, com homossexuais fortes e de bigode, malhados, cheios de orgulho. A viadagem virou um poder político importante, claro, mas até meio sério demais, aspirando a uma “normalidade” que contrariava sua “missão” trangressiva que tanto nos acalmava. Como disse Paulo Francis um dia, sacaneando-os: “Se esses caras querem todos os direitos e deveres dos caretas como nós, qual é então a vantagem de ser viado?”
Em suma, por mais que “aceitemos” os gays, eles sempre foram uma fonte de angústia, pois atrapalham nosso sossego, nossa identidade “clara”. O gay é duplo, é dois, o viado tem algo de centauro, de ameaçador para a unicidade do desejo. A bicha louca ou o travesti, a biba doida ou o perobo , o boy , o puto, a santa, a tia, a paca, todos eles nos tranqüilizavam com suas caricaturas auto-excludentes. Já o gay sério inquieta. O gay banqueiro, o gay de terno, o gay forte, o gay caubói são muito próximos de nos, a diferença fica mínima.
Por isso, eu não queria ver o tal filme dos caubóis. Como? Caubói de mãos dadas, dando beijos românticos, com tristes rostos diante do impossível? Não. Eu, não. Mas, aí, por falta de programa, “distraidamente”... (aí, hein, santa?...) fui ver o filme.
E meu susto foi bem outro. O filme não me pedia aprovação alguma para o homossexualismo, o filme não demandava minha solidariedade. Não. Trata-se de um filme sobre o império profundo do desejo e não uma narração simpática de um amor “desviante”.
O filmes se impõe assustadoramente. Os dois caubóis jovens e fortes se amam com um tesão incontido e são tomados por uma paixão que poucas vezes vi num filme, hetero ou não. Foi preciso um chinês culto para fazer isso. Americano não agüentava.
Nem europeu, que ia ficar filosofando. “Brokeback” é imperioso, realista, sem frescuras. Eu fiquei chocado dentro do cinema, quando os dois começam a transar subitamente, se beijando na boca com a fome ancestral vinda do fundo do corpo.
O filme não demandava a minha compreensão. Eu é que tinha de pedir compreensão aos autores do filme, eu é que tive de me adaptar à enorme coragem da história, do Ang Lee.
Eu é que precisava de apoio dentro do cinema, flagrado, ali, desamparado no meu machismo “tolerante”. Eu é que era o careta, eu é que era o viado no cinema, e eles, os machos corajosos, se desejando não como pederastas passivos ou ativos, mas como dois homens sólidos, belos e corajosos, entre os quais um desejo milenar explodiu.
Não há no filme nada de gay, no sentido alegre, ou paródico ou humorístico do termo. Ninguém está ali para curtir uma boa perversão. Não. Trata-se de um filme de violento e poderoso amor. É dos mais emocionantes relatos de uma profunda entrega entre dois seres, homos ou heteros.
Acaba em tragédia, claro, mas não são “vítimas da sociedade”. Não. Viveram acima de nós todos porque viveram um amor corajosíssimo e profundo. Há qualquer coisa de épico na história, muito mais que romântica. Há um heroísmo épico, grego, como entre Aquiles e Pátroclo na “Ilíada”, algo desse nível.
O filme não é importante pela forma, linguagem ou coisas assim. Não. Ele é muito bom por ser uma reflexão sobre a fome que nos move para os outros, sobre a pulsação pura de uma animalidade dominante, que há muito tempo não vemos no cinema e na literatura, nesses tempos de sexo de mercado e de amorezinhos narcisistas.
Merece os Oscars que ganhou. Este filme amplia a visão sobre nossa sexualidade.
Autor: Arnaldo Jabor
Colunista do Jornal "O Globo"
Bjinho
Rafa
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
domingo, 19 de outubro de 2008
Prazer
Existe algo mais prazeroso do que se deixar levar pelas tramas de um bom livro? Perder-se na saga de um herói imaginado, mas que torna-se real no plano coletivo quando está retratado e eternizado nas páginas de um livro. Viaje, sonhe, cante, dança, lute, chore, viva as páginas de uma boa história. Descubra esse prazer inigualável e delicie-se.
Bjinho
Rafa
Bjinho
Rafa
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
(Mais) Beijo gay
A tevê inglesa exibiu um beijo gay em uma série de classificação livre. Criou-se uma polêmica sobre isso, com os prós e os contrários ao tal beijo. O engraçado é que na cena aparecem outros casais na mesma situação romântica, inclusive um casal de meia idade. No site em que li essa notícia dizia que um inglês reclamava que como iria explicar isso ao filho pequeno, e uma inglesa que seu filho pensava que era homossexual por beijar o pai dele. Agora eu me pergunto, como explicar a um menino gay que o fato dele beijar a mãe não faz dele um heterossexual, ou exlicar a um menino gay que é natural duas pessoas que se amam se beijarem, mesmo elas sendo de sexo opostos (algo que ele não compreende)? Tanta coisa mais importante para se preocupar e alguns se perdem seu tempo cuidando da vida dos outros, criticando, julgando e condenando.
Bjinho
Rafa
Ps: Quando será que a tevê brasileira ira exibir um beijo gay?
Ps2: Perdoaivos Senhor, eles não sabem o que fazem.
Bjinho
Rafa
Ps: Quando será que a tevê brasileira ira exibir um beijo gay?
Ps2: Perdoaivos Senhor, eles não sabem o que fazem.
Mestre
Hoje é o dia do professor. Não me imagino dando aula, vocês dirão "então porque esta cursando Letras?" Porque eu gosto de literatura... Estou adorando o curso, aproveitando tudo, mas ainda não me imagino dando aula. Espero que ano que vem eu esteja me sentindo diferente quanto a isso. Mas essa postagem é para lembrar o dia de hoje, dedicado aqueles primeiros mestre, alguém que dedica a sua vida a compartilhar com a gente um pouco do seu saber. Num mundo em que quem detém a informação detém o poder, vale a pena pararmos um pouco e lembrarmos desses homens e mulheres que dedicam suas vidas a compartilhar o conhecimento.
Bjinho
Rafa
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Sessão da tarde
Não lembro se já disse que adoro a sessão da tarde. Não essa que passa nos dias de hoje e sim as clássicas. Esse filme é meio recente (tudo que veio depois dos anos 1980 é meio recente), e hoje resolvi parar tudo para assisti-lo. Recomendo.
Bjinho
Rafa
Bjinho
Rafa
domingo, 12 de outubro de 2008
sábado, 11 de outubro de 2008
Perfeição
Tem alguns séculos que não escuto Legião Urbana, passei minha adolescência toda ouvindo. Recentemente lendo a tragédia As Troianas me lembrei de uma música deles. Escolhi esse clipe, é o meu preferido. Além de ser uma música bem crítica, o clipe é bem lírico, com algo de místico.
Bjinho
Rafa
O labirinto do Fauno
Linda fábula moderna com ares adulto, impressionante. Talvez o mais legal é que ele recupera a origem das fábulas infantis, que é justamente esse caráter fantástico, violento, místico-pagão. Foi nessas "lendas" populares que os grandes autores buscaram suas inspirações. Esse filme é uma retomada (grande retomada).
Bjinho
Rafa
Bjinho
Rafa
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Dia do perdão
Existe um feriado judaico que se chama Yon Kippur (ou algo assim). Significa "dia do perdão", é uma data em que pára tudo, coloca-se em uma balança e analisa-se a vida. É um dia em que deixamos o passado de lado e perdoamos os outros, em que se "zera" o contador. Nessa data nós paramos para pensar em que fazemos, para onde estamos indo, no que estamos fazendo da nossa vida. Acho muito bonito e significativo. Todos paramos, analisamos, celebramos e recomeçamos. Já pensou em uma data em que você pede perdão, aceita o perdão dos outros e perdoa? Acho isso revolucionário. Eles chegam ao ponto de perdoar Deus. Eu não vou a tanto, fico aqui no campo dos mortais. Gosto disso, um dia em que paramos e não compramos, cobramos, damos, herança de um passado patriótico, religioso e mercantilista. Apenas refletimos e conjugamos esse verbo tão difícil de se encarrar.
Mais uma vez estou devagando...
Bjinho
Rafa
Ps: E você, há quanto tempo não pensa em perdoar, pedir perdão ou aceitar um perdão?
Mais uma vez estou devagando...
Bjinho
Rafa
Ps: E você, há quanto tempo não pensa em perdoar, pedir perdão ou aceitar um perdão?
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Vota Brasil!
Adoro coisas inteligentes, coisas que tenham uma conteúdo e sejam bem boladas. É o caso dessa propaganda, muito bom gosto e trata de um assunto meio tabu entre os brasileiro, eleição. Dizem que futebol, política e religião não se discutem, eu discordo. Gosto de uma boa discussão, e ai vejo dois ótimos temas para se discutir, que vão contribuir em algo para o indivíduo. Pode parecer clichê, mas urna não é penico. Talvez se todos pensassem assim as coisas poderiam ser diferentes. Os interesses são mais importantes que a consciência política da população, até por isso que a eleição é obrigatória. Mas vamos de vídeo...
Bjinho
Rafa
Bjinho
Rafa
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Lista de 50 melhores filmes.....na opinião dos Ingleses
Revista britânica elege os 500 melhores filmes de todos os tempos
A 'Empire' promoveu uma votação com leitores, cineastas e críticos.
'O poderoso chefão', de Coppola, lidera lista, seguido de 'Indiana Jones'.
A revista britânica "Empire" publicou esta semana uma lista dos 500 melhores filmes de todos os tempos. A lista é resultado de uma votação que contou com 10 mil leitores, 50 críticos de cinema e 150 cineastas, incluindo Quentin Tarantino, Pedro Almodóvar, Guillermo del Toro, Cameron Crowe, Mike Leigh e Sam Mendes.
"O poderoso chefão", dirigido por Francis Ford Coppola em 1972, lidera o ranking. Coppola aparece mais uma vez entre os dez primeiros da lista, por "Apocalipse Now".
A aventura "Indiana Jones - Os caçadores da arca perdida", de Steven Spielberg, vem em segundo lugar. Em terceiro, ficou o quinto episódio de "Star wars", "O império contra-ataca", de Irvin Kershner, lançado em 1980.
A surpresa fica por conta de sucessos recentes como "O cavaleiro das trevas", "Pulp Fiction" e "Clube da luta", que tiveram lugar garantido entre os vinte líderes da votação, ao lado de clássicos como "Cantando na chuva", de 1952, "2001: Uma odisséia no espaço", de 1968, e "Casablanca", de 1942.
1. "O podereso chefão", de Francis Ford Coppola (1972)
2. "Indiana Jones Os caçadores da arca perdida", de Steven Spielberg (1981)
3. "Star Wars: O império contra-ataca", de Irvin Kershner (1980)
4. "Um sonho de liberdade", de Frank Darabont (1994)
5. "Tubarão", de Steven Spielberg (1975)
6. "Os bons companheiros", de Martin Scorsese (1990)
7. "Apocalipse Now", de Francis Ford Coppola (1979)
8. "Cantando na chuva", de Stanley Donen e Gene Kelly (1952)
9. "Pulp Fiction", de Quentin Tarantino (1994)
10. "Clube da luta", de David Fincher (1999)
11. "Touro indomável", de Martin Scorsese (1980)
12. "Se meu apartamento falasse", de Billy Wilder (1960)
13. "Chinatown", de Roman Polanski (1974)
14. "Era uma vez no Oeste", de Sergio Leone (1968)
15. "O cavaleiro das trevas", de Christopher Nolan (2007)
16. "2001: Uma odisséia no espaço", Stanley Kubrick (1968)
17. "Taxi Driver", de Martin Scorsese (1976)
18. "Casablanca", de Michael Curtiz (1942)
19. "O poderoso chefão - Parte II", de Francis Ford Coppola (1974)
20. "Blade Runner", de Ridley Scott (1982)
21. "O terceiro homem", de Carol Reed (1949)
22. "Star Wars: Uma nova esperança", de George Lucas (1977)
23. "De volta para o futuro", de Robert Zemeckis (1985)
24. "O senhor dos anéis: A sociedade do anel", Peter Jackson (2001)
25. "Três homens em conflito", de Sergio Leone (1967)
26. "Dr. Fantástico", Stanley Kubrick (1964)
27. "Quanto mais quente melhor", de Billy Wilder (1959)
28. "Cidadão Kane", de Orson Welles (1941)
29. "Duro de matar", de John McTiernan (1988)
30. "Aliens - O resgate", de James Cameron (1986)
31. "E o vento levou", de Victor Fleming, George Cukor e Sam Wood (1939)
32. "Butch Cassidy", de George Roy Hill (1969)
33. "Alien - O oitavo passageiro", de Ridley Scott (1979)
34. "O senhor dos anéis: O retorno do rei", de Peter Jackson (2003)
35. "Exterminador do futuro 2", de James Cameron (1991)
36. "Andrei Rublev", de Andrei Tarkovsky (1969)
37. "Laranja mecânica", de Stanley Kubrick (1971)
38. "Fogo contra fogo", de Michael Mann (1995)
39. "Matrix", dos irmãos Wachowski (1999)
40. "Um corpo que cai", de Alfred Hitchcock (1958)
41. "Os incompreendidos", de François Truffaut (1959)
42. "As oito vítimas", de Robert Hamer (1949)
43. "O grande Lebowski", dos irmãos Coen (1998)
44. "A lista de Schindler", de Steven Spielberg (1993)
45. "Psicose", de Alfred Hitchcock (1960)
46. "Sindicato dos ladrões", de Elia Kazan (1954)
47. "E.T. - O extraterrestre", de Steven Spielberg (1982)
48. "This Is Spinal Tap", de Rob Reiner (1984)
49. "Evil Dead 2", de Sam Raimi (1987)
50. "Os sete samurais", de Akira Kurosawa (1954)
Bjinho
Rafa
Ps: E você? O que achou dessa lista? Qual a sua lista?
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL787892-7086,00-REVISTA+BRITANICA+ELEGE+OS+MELHORES+FILMES+DE+TODOS+OS+TEMPOS.html
A 'Empire' promoveu uma votação com leitores, cineastas e críticos.
'O poderoso chefão', de Coppola, lidera lista, seguido de 'Indiana Jones'.
A revista britânica "Empire" publicou esta semana uma lista dos 500 melhores filmes de todos os tempos. A lista é resultado de uma votação que contou com 10 mil leitores, 50 críticos de cinema e 150 cineastas, incluindo Quentin Tarantino, Pedro Almodóvar, Guillermo del Toro, Cameron Crowe, Mike Leigh e Sam Mendes.
"O poderoso chefão", dirigido por Francis Ford Coppola em 1972, lidera o ranking. Coppola aparece mais uma vez entre os dez primeiros da lista, por "Apocalipse Now".
A aventura "Indiana Jones - Os caçadores da arca perdida", de Steven Spielberg, vem em segundo lugar. Em terceiro, ficou o quinto episódio de "Star wars", "O império contra-ataca", de Irvin Kershner, lançado em 1980.
A surpresa fica por conta de sucessos recentes como "O cavaleiro das trevas", "Pulp Fiction" e "Clube da luta", que tiveram lugar garantido entre os vinte líderes da votação, ao lado de clássicos como "Cantando na chuva", de 1952, "2001: Uma odisséia no espaço", de 1968, e "Casablanca", de 1942.
1. "O podereso chefão", de Francis Ford Coppola (1972)
2. "Indiana Jones Os caçadores da arca perdida", de Steven Spielberg (1981)
3. "Star Wars: O império contra-ataca", de Irvin Kershner (1980)
4. "Um sonho de liberdade", de Frank Darabont (1994)
5. "Tubarão", de Steven Spielberg (1975)
6. "Os bons companheiros", de Martin Scorsese (1990)
7. "Apocalipse Now", de Francis Ford Coppola (1979)
8. "Cantando na chuva", de Stanley Donen e Gene Kelly (1952)
9. "Pulp Fiction", de Quentin Tarantino (1994)
10. "Clube da luta", de David Fincher (1999)
11. "Touro indomável", de Martin Scorsese (1980)
12. "Se meu apartamento falasse", de Billy Wilder (1960)
13. "Chinatown", de Roman Polanski (1974)
14. "Era uma vez no Oeste", de Sergio Leone (1968)
15. "O cavaleiro das trevas", de Christopher Nolan (2007)
16. "2001: Uma odisséia no espaço", Stanley Kubrick (1968)
17. "Taxi Driver", de Martin Scorsese (1976)
18. "Casablanca", de Michael Curtiz (1942)
19. "O poderoso chefão - Parte II", de Francis Ford Coppola (1974)
20. "Blade Runner", de Ridley Scott (1982)
21. "O terceiro homem", de Carol Reed (1949)
22. "Star Wars: Uma nova esperança", de George Lucas (1977)
23. "De volta para o futuro", de Robert Zemeckis (1985)
24. "O senhor dos anéis: A sociedade do anel", Peter Jackson (2001)
25. "Três homens em conflito", de Sergio Leone (1967)
26. "Dr. Fantástico", Stanley Kubrick (1964)
27. "Quanto mais quente melhor", de Billy Wilder (1959)
28. "Cidadão Kane", de Orson Welles (1941)
29. "Duro de matar", de John McTiernan (1988)
30. "Aliens - O resgate", de James Cameron (1986)
31. "E o vento levou", de Victor Fleming, George Cukor e Sam Wood (1939)
32. "Butch Cassidy", de George Roy Hill (1969)
33. "Alien - O oitavo passageiro", de Ridley Scott (1979)
34. "O senhor dos anéis: O retorno do rei", de Peter Jackson (2003)
35. "Exterminador do futuro 2", de James Cameron (1991)
36. "Andrei Rublev", de Andrei Tarkovsky (1969)
37. "Laranja mecânica", de Stanley Kubrick (1971)
38. "Fogo contra fogo", de Michael Mann (1995)
39. "Matrix", dos irmãos Wachowski (1999)
40. "Um corpo que cai", de Alfred Hitchcock (1958)
41. "Os incompreendidos", de François Truffaut (1959)
42. "As oito vítimas", de Robert Hamer (1949)
43. "O grande Lebowski", dos irmãos Coen (1998)
44. "A lista de Schindler", de Steven Spielberg (1993)
45. "Psicose", de Alfred Hitchcock (1960)
46. "Sindicato dos ladrões", de Elia Kazan (1954)
47. "E.T. - O extraterrestre", de Steven Spielberg (1982)
48. "This Is Spinal Tap", de Rob Reiner (1984)
49. "Evil Dead 2", de Sam Raimi (1987)
50. "Os sete samurais", de Akira Kurosawa (1954)
Bjinho
Rafa
Ps: E você? O que achou dessa lista? Qual a sua lista?
Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL787892-7086,00-REVISTA+BRITANICA+ELEGE+OS+MELHORES+FILMES+DE+TODOS+OS+TEMPOS.html
domingo, 5 de outubro de 2008
Horóscopo
Você acredita em horóscopo? Eu não sou muito ligado nisso, teve uma época que sempre olhada no jornal. Hoje acho difícil definir uma pessoa apenas pelo seu signo ou ascendente, talvez um mapa completo possa ser mais abrangente. Mas, como dizem, não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem. Por isso não nego completamente o horóscopo, apenas não recorro a ele seguidamente.
Bjinho
Rafa
Ps: Alguém sabe me explicar como é a relação touro e gêmeos pelos astros?
Bjinho
Rafa
Ps: Alguém sabe me explicar como é a relação touro e gêmeos pelos astros?
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