O que em geral mais se elogia em 'Tristão e Isolda' é o fato de terem sido exemplos do amor cortês, cheios de virtude, guardando-se contra os apelos do amor carnal, por mais perdidamente que se amassem, a ponto de estenderem entre os dois, ao se deitarem para dormir na floresta, o gume duplo de uma espada nua, pronta a esfriar neles qualquer assomo de calor apaixonado. O que se lê neste livro, no entanto, é uma história diferente. Tristão e Isolda amavam-se perdidamente, mas não perdiam ocasiões de se acharem como manda o figurino dos amantes, atendendo com prazer aos sempre renovados reclamos de seus corpos jovens e saudáveis.
"Tristão, excelente cavaleiro a serviço de seu tio, o rei Marc da Cornualha, viaja à Irlanda para trazer a bela princesa Isolda para casar-se com seu tio. Durante a viagem de volta à Grã-Bretanha, os dois acidentalmente bebem uma poção de amor mágica, originalmente destinada a Isolda e Marc. Devido a isso, Tristão e Isolda apaixonam-se perdidamente, e de maneira irreversível, um pelo outro. De volta à corte, Isolda casa-se com Marc, mas Isolda e Tristão mantêm um romance que viola as leis temporais e religiosas e escandaliza a todos. Tristão termina banido do reino, casando-se com Isolda das Mãos Brancas, princesa da Bretanha, mas seu amor pela outra Isolda não termina. Depois de muitas aventuras, Tristão é mortalmente ferido por uma lança e manda que busquem a Isolda para curá-lo de suas feridas. Enquanto ela vem a caminho, a esposa de Tristão, Isolda das Mãos Brancas, engana-o, fazendo-o acreditar que Isolda o traiu. Tristão morre, e Isolda, ao encontrá-lo morto, morre também de tristeza."
Bjinho
Rafa
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