domingo, 29 de junho de 2008

Ainda sobre Stonewall.

Uma pequena reflexão sobre os nossos atos.
Bjinho
Rafa


Personagens que me intrigam e fascinam...

Vamos de mais lista então!!!
Dez personagens da literatura (dos livros que eu li) que me fascinam:

1 - Emma Bovary;
2 - Armand;
3 - Tom Ripley;
4 - Marvin;
5 - Morgana;
6 - Holden Caulfield;
7 - Melquíades;
8 - A criatura (Frankenstein);
9 - Ana;
10-Marcus;

Bjinho
Rafa
Ps: Você conhece algum desses personagens? Quais os seus preferidos?

sábado, 28 de junho de 2008

Stonewall celebration

- Meu nome é Rafael, e eu sou gay.
Você deve estar pensando, “e eu com isso”. Ou no máximo se for menina deve ter pensado “que desperdício” (elas sempre pensam isso do cara gay, não importa o quanto ele seja feio). Mas para muitos de “nós” isso é uma conquista. Acredite, a liberdade é algo pouco valorizado, mas muito raro. Não vim aqui para falar sobre o “assumir-se”, acho que já falei sobre isso no blog, e os que me conhecem sabem bem a minha opinião a cerca disso. Hoje vim aqui para falar sobre o embrião do movimento sexual, dos direitos humanos, ou da livre orientação sexual. Hoje se celebra 39 anos do episódio do Stonewall, um marco no movimento gay (se é que existe um movimento gay).
O bar Stonewall era freqüentado por gay e travestis, no subúrbio de Nova York, e frequentemente ocorriam batidas policiais sob a alegação de que não possuía alvará. Na verdade os policiais iam cobrar um “pedágio” dos freqüentadores gay, maioria enrustidos, e travestis, que viviam da prostituição. Nesse dia algo de diferente aconteceu. Todos os travestis que se encontravam lá dentro do bar foram recolhidos. Os outros que se encontravam lá, ou que iam sendo liberados, voltavam ao bar e lá ficavam como uma forma de resistência. Quando o camburão chegou todos começaram a jogar moedas para os policiais e um, no meio da multidão, conclamou a todos para virarem a viatura. O que se viu a seguir mudaria completamente a vida de todos nós (gays ou não). O grupo de gays e lésbicas começaram a brigar com os policiais, que se refugiaram dentro do bar. O reforço chegou, mas não deu conta da fúria da multidão, finalmente as pessoas se deram conta de sua dignidade. Somente depois de mais reforços que a multidão se dispersou, mas não parou por aqui. No dia seguinte nova multidão se formou em frente ao Stonewall, novo confronto e mais gays e lésbicas se juntaram a multidão. Finalmente no terceiro dia a paz voltou para o bar, e seus fregueses voltaram a freqüentar o bar.
Tudo voltou ao normal? Será mesmo? Nada mais foi como antes, “nós” descobrimos que não basta pedir para ser aceito, precisávamos nos aceitar e então exigir isso da sociedade. No ano seguinte uma multidão se reuniu nessa mesma data e fez uma passeata lembrando aquela data. Nasciam então as paradas do orgulho gay.
Você ainda deve estar pensando, “e eu com isso”. Não sei te responder, o que sei é que graças a esses gays e lésbicas, a esses cidadãos conscientes, é que hoje posso pensar em uma cultura queer, adotar uma criança, em direitos previdenciários, trabalhistas e sucessórios, em lei anti-homofobia, em união civil. Graças a eles é que hoje eu posso repetir aquela frase lá em cima, a frase com que comecei esse texto.
- Meu nome é Rafael, eu tenho 25 anos e sou gay.
Bjinho
Rafa

Vamos brincar?

Janela Sobre as Proibições

Na parede de uma botequim de Madri, há um cartaz que diz: Proibido Cantar.
Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, há um cartaz que diz: Proibido brincar com os carrinhos porta bagagens.
Ou seja: Ainda há gente que canta, ainda há gente que brinca.

Eduardo Galeano - As Palavras Andantes.

Bjinho
Rafa

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Cuida de mim.

Sei que já disse isso antes aqui no blog, mas fico irradiante quando encontro algo que consigo associar a mim, meu momento, meus sentimentos, minha vida. Algo em que consigo me ver refletido, algo que me toca. Foi assim com essa música:



Bjs Rafa
Ps: Obrigado Cléber por ter me apresentado ao Teatro Mágico Bjinho!.

terça-feira, 24 de junho de 2008

...e a véia a fiar!!!

Recebi esse vídeo de um amigo, e achei muito MARA!!!!
Sou obrigado a postá-lo aqui.



Bjinho
Rafa

Direto da Folha para o blog...

Encontrei essa coluna na internet, uma assunto polêmico porém muito bem abordado:

JOÃO PEREIRA COUTINHO
Pais, filhos e gays
A busca de super-homens é uma quimera longa e trágica na história humana
SERÁ POSSÍVEL escolher as preferências sexuais de um filho? Não, não falo de preferências por ruivas, loiras ou morenas. A questão, levantada pela cibernética "Slate", vai mais fundo: será possível mexer na base neurobiológica de uma criatura e "reprogramá-la" para ela gostar do sexo oposto?Talvez. Conta a "Slate" que longe vão os tempos em que a homossexualidade era encarada como escolha pessoal ou produto do meio. A homossexualidade é um fato natural -como a cor dos olhos, a pigmentação da pele-, e estudos recentes apóiam a tese ao mostrarem diferenças visíveis no cérebro de homos e héteros.Parece que os gays têm cérebros muito semelhantes aos das mulheres hétero. E parece que as lésbicas têm cérebros muito semelhantes aos dos homens hétero.Mas os estudos não ficam restritos a esse retrato. Os cientistas dão um passo além e sugerem que importantes influências hormonais, durante e pouco depois da gestação, determinam a constituição neurobiológica do indivíduo. E, se os hormônios desempenham papel principal, abre-se a porta prometida: "reorientar" os hormônios, "reorientar" a preferência sexual do bebê.A possibilidade recebe aplausos. A Igreja Católica, confrontada com tal cenário, esquece a sua própria doutrina sobre os limites da manipulação médica e apóia decididamente a busca de uma "terapia" capaz de "curar" a "doença" homossexual.Mais impressionante é a opinião da maioria: questionada sobre a possibilidade de conhecer a orientação sexual do filho por meio de um teste pré-natal, a generalidade não hesitaria em recorrer ao aborto ou à "reprogramação" caso a sexualidade da criança apontasse para o lado "errado". No fundo, quem não salvaria um filho do preconceito social ou da "doença" homossexual?Fatalmente, a questão é desonesta. Aceitar as premissas do debate lançado pela "Slate" -aceitar, no fundo, que, por meio da ciência, é possível reverter a orientação sexual de um ser humano- é aceitar, implicitamente, que a homossexualidade é uma doença. E, aceitando-o, permitir que a medicina a trate exatamente como trata qualquer doença.A realidade não legitima a fantasia. A síndrome de Down ou a espinha bífida, por exemplo, são doenças no sentido mais básico do termo: elas impedem que um ser humano tenha uma vida plena. Podemos discutir se a medicina deve e pode "manipular" genética ou biologicamente uma vida humana para erradicar esses males. E podemos discutir se esses males legitimam a interrupção da gravidez.Mas essas discussões são distintas do problema inicial: reconhecer a Down ou a espinha bífida como fatores objetivamente incapacitantes de uma vida normal.A homossexualidade não é uma doença. Pode ser motivo de preconceito social, dificuldade relacional, neurose pessoal -mas não é impeditiva de um funcionamento pleno do indivíduo nem põe em risco a sua sobrevivência futura.Nada disso significa, porém, que não exista uma base neurobiológica capaz de explicar a orientação sexual. É possível e até provável. Exatamente como é possível e provável que certas propensões da personalidade humana -para a depressão, para a liderança, para a criatividade- estejam já inscritas na nossa natureza.Mas isso não autoriza a medicina a procurar o paradigma do Super-Homem, dotado da dosagem certa de humor, capacidade de chefia, talento para a pintura e para o sapateado. A busca de super-homens é uma quimera longa e trágica na história humana.Resta a questão final: e os pais? Confrontados com a possibilidade de "reprogramarem" a orientação sexual de um filho ou de descartarem-no via "aborto terapêutico", terão os pais o direito de pedir à medicina esse instrumento seletivo e subjetivo?Aceitar essa possibilidade é aceitar que, no futuro, os pais poderão determinar a vida futura dos filhos. Escolher a orientação sexual; o temperamento; a vocação intelectual; a excelência atlética ou estética.Não duvido que a maioria, confrontada com tal hipótese, reservasse para a descendência o cruzamento ideal entre Brad Pitt, Albert Einstein e Pelé.Mas um tal gesto seria uma tripla violência: contra a medicina e a sua função especificamente curativa; contra o mistério e a diversidade da vida humana; mas também contra os próprios filhos, condenados a habitar vidas que não lhes pertenceriam, mas que foram desenhadas pela vaidade, soberba e tirania de seus progenitores.
Vale a pena refletir sobre esse assunto.
Bjinho
Rafa

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Inteligência.

Meus parabéns para o publicitário que idealizou e realizou essa propaganda, e a BYK, laboratório proprietário da Nebacetin, por ter veiculado esse comercial. Muito inteligente e de bom gosto, exemplos assim deveriam ser seguido por todos os segmentos da sociedade.



Bjs Rafa

domingo, 22 de junho de 2008

O viado veste pra dar

Eu li sobre esse curta em algum lugar e achei o nome super preconceituoso. Hoje eu assisti ele e me matei de rir, muito bom! Embora seja um pouco preconceituoso e segmentado, na minha singela opinião. Mas vale muito a pena assistir. Rir talvez seja o melhor remédio mesmo...



Bjs Rafa
Ps: Esse é o curta ganhador do show do gongo, do Mix Brasil 2006.

sábado, 21 de junho de 2008

Música na madrugada (nem tão tarde assim).

Adouro Cazuza, o cara compunha com a alma. Sei que estou solteiro, sei que estou carente, mas o amor me move. Não consigo deixar de falar, pensar, querer o amor......só ele me move.



Bjs Rafa

Um pouco de poesia........

Da chegada do amor - Elisa Lucinda

Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.
Sempre quis uma amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e trouxesse beijo
no clarão da amanhecice.
Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.
Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.
Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.
Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexado pano de fundo dos seres
não assustasse.
Sempre quis um amorque não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.
Sempre quis uma amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulhoe a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observaro desenhodo invólucro e compará-lo
com a calma da almao seu conteúdo.
Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.
Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.
Sempre quis um amorde abafar,
(não o caso)
mas cuja demora de ocaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.
Sem senãos.
Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.
Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.
Sempre quis um amor
que gozassee que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.
Sempre quis um amor não omisso
e que sua estórias me contasse.
Ah, eu sempre quis um amor que amasse.

Bjs Rafa

terça-feira, 17 de junho de 2008

Simples assim...

Recebi esse "recado" de um amigo, acho incrível quando encontramos algo e automaticamente remetemos ele à nossa vida. Esse texto simplesmente me descreve, simples assim...

"Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredon lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito. A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?"

Bjs Rafa
Ps: Muito obrigado mais uma vez Marcelitium!!!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

SEXTA-FEIRA 13!!!

As bruxas andam soltas.
Toda vez que o calendário marca Sexta-feira 13, você não sente calafrios ?
A imprensa, em geral, dá grande importância à data. E sempre aparece algum fato novo. Na crença popular, sexta-feira 13 é dia de azar. Há os que não acreditam, é claro. Mas até esses acham bom não abusar.Qual a origem da superstição em torno do número 13? Na mitologia nórdica encontramos uma lenda sobre isso. Odin, chefe de uma tribo asiática, estabeleceu na Escandinávia seu reino. Para administrá-lo, celebrar os rituais religiosos e predizer o futuro, Odin teria escolhido doze sábios, reunindo-os em um banquete no Valhalla, morada dos deuses. Loki, o deus do fogo, apareceu sem ser convidado e armou uma grande confusão. Como invejava a beleza radiante de Balder, deus do Sol e filho de Odin, fez com que Hodur, o deus cego, o assassinasse por engano. Daí veio a crendice de que 13 pessoas reunidas para um jantar é desgraça certa. Essa lenda é semelhante, ao episódio da Ultima Ceia de Cristo. Segundo alguns relatos, participaram dessa ceia sagrada os doze apóstolos e Cristo, num total de 13 pessoas. Também aí o final foi infeliz: a crucificação e morte de Cristo, numa sexta-feira. E mais. Na antiga numeração hebraica, os números eram representados por letras. A letra que indicava a quantidade treze era a mesma usada para a palavra morte.
Que número sinistro!

Bjs Rafa
Fonte: fotolog do Brício.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

O amor... (4)

E como não podia deixar de faltar, uma linda imagem onde o amor vence a ignorância, o preconceito, o ódio.


Bjs Rafa

O amor... (3)

Fiquem agora com esse pequeno trecho da obra de Eça de Queiroz, "O primo Basílio".

"... tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!"

Bjs Rafa

O amor...(2)

Fiquem com esse lindo filme...



Bjs Rafa

O amor...

Eu tenho a convicção que só o amor contrói. Só ele tem a força necessária para mudar as coisas. O amor é revolucionário. O amor pode tudo. Pensando nisso, nesse dia que teoricamente deveríamos celebrar o amor, resolvi buscar o amor nos mais diversos meios... Assim sendo resolvi passar o dia de hoje procurando o amor em todos os lados para qual eu olhar. E aqui no blog vou fazer uma seleção de algumas coisas que acho lindas, que remetem e celebram o amor.



Bjs Rafa

Dia dos namorados!


Agarre o seu amor e seja muito feliz no dia de hoje.
Bjs Rafa
Ps: a inveja é uma merda...

domingo, 8 de junho de 2008

Vale a pena


Sábado com chuva, frio, aula, matéria chata......mas até que valeu a pena. São coisas como essa que enriquecem um (boa) aula.
Ps: Não entrando no mérito das cotas, isso é uma outra história (ou post).
Bjs Rafa

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ainda a Ópera do Malandro.

Procurando o vídeo de Teresinha me deparei com Geni e o Zeppelin, ambas músicas que compõem a Ópera do Malandro, do Chico Buarque.
Em tempos em que dois soldados são perseguidos pelo exército brasileiro pelo simples fato de terem assumido publicamente sua condição de casal acho bastante propícia essa música e sua reflexão.

Bjs Rafa
Ps: Será mesmo que tivemos avanços significativos no campo do direito à livre orientação sexual? Até onde esse avanço alcança? O pink-money é um caminho confiável? Somos mais tolerantes? Pensa dai que eu penso daqui, depois conversamos...

O Terceiro...

Ando suspirando pelos cantos. Só me dei conta do porquê desses suspiros quando ouvi essa (linda) música . Estou carente, talvez seja o dia dos namorados chegando, talvez eu esteja a muito tempo sem namorar, talvez...
Enquanto espero o meu Terceiro vou escutando o Chico, e essa música.
Ps: Procurando no youtube encontrei duas versões.
A primeira original na voz do Chico:



A segunda, numa versão da Ópera:



Bjinho
Rafa

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Você teve infância?

Pois eu tive, e uma das coisas que ainda trago na lembraça é a música desse clipe que passava no (ótimo) Castelo Rá-tim-bum.

Bjs Rafa
Ps: bjinho especial pra minha mana querida. Te amo Drika!!!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Considerações....

Passei esse find feito um louco preparando uns resumos sobre a obra "Dom Quixote" de Miguel de Cervantes para minha cadeira de teoria II. Foi bem cansativo, mas acho que acabei. Dentro desse livro consta um conto (uma características das novelas) intilulado "O curioso impertinente", e achei bastante "pertinente" publicar esse conto aqui. Vale a pena refletir sobre ele, como as vezes deixamos que nossas inseguranças destruam a nossa felicidade.

Bjs Rafa
Ps: Divirtam-se no fabuloso reino de Cervantes!!!

O curioso impertinente

Conto "O curioso impertinente".

Lotário e Anselmo eram dois grandes amigos. Viviam em Toscana, na Itália. Anselmo acaba apaixonando-se por Camila, uma formosa jovem da cidade. A amizade de ambos não se abalou após o casamento. Lotário continuara a freqüentar a casa de Anselmo, por insistência deste. Após algum tempo de casado, Anselmo começa a questionar se sua esposa é tão virtuosa e fiel como lhe parece, acaba por pedir a Lotário que faça a corte a Camila. Este por sua vez recusa, mas por insistência do amigo acaba por aceitar. Acontece que ao contrário do que tinha combinado, Lotário não corteja a esposa do amigo, mesmo dizendo a Anselmo que a cortejou e que Camila o repeliu. Anselmo ainda desconfiado escondesse certo dia e vê que o amigo não cortejou sua esposa, ambos ficaram calados na sala após o jantar. Anselmo então conta para o amigo o que viu e convence o amigo a fazer a corte de verdade a sua esposa. Anselmo inventa um pretexto para se retirar de casa e diz a sua esposa que Lotário virá para fazer companhia dela e que ela deverá recebê-lo bem. Anselmo então parte para outra cidade e Lotário vai até a casa do amigo e corteja sua esposa. Camila, diante do cortejo de Lotário escreve um bilhete às pressas e manda entregar á seu esposo. Anselmo ao ler o bilhete tem certeza de que o amigo começou a cortejá-la, e escreve um bilhete de resposta dizendo a esposa que deixasse de besteiras pois Lotário era de confiança. Após voltar pra casa Anselmo resolve continuar com a armação, para desespero de Lotário. Passa-se algum tempo, Anselmo chega a comprar um colar para que Lotário ofereça a Camila, que sempre recusa a galantia do amigo. Anselmo cada dia mais fica obcecado com fidelidade de Camila e não desiste de sua expedição. Com o tempo e o convívio acaba por nascer uma relação entre Camila e Lotário, sem que Anselmo soubesse. Camila tinha uma criada, que fora criada junto com ela, que se chamava Leonela. Acontece que Leonela vendo que sua senhora possuía um caso, acabou ela por trazer quase todas as noites um namorado para dentro da casa, para que tivessem maiores intimidades. Camila temendo que a criada viesse a contar algo ao marido fazia vistas grossas. Até o dia em que Anselmo vê um vulgo a sair da casa pela janela, ele pensar ser um amante de Camila e corre para contar a Lotário. Anselmo então planeja uma nova falsa viagem para ficar escondido observando Camila. Lotário então conta para a sua amada, e combina de ir com ela para armar um teatro para Anselmo. Camila e Leonela passam a conversar em um cômodo, destacando a virtude de Camila, enquanto Anselmo fica escondido. Camila planeja se matar e pede a Leonela que antes vá chamar Lotário para que ela o culpe pela sua desgraça, pela má influencia que esse exercia sobre seu esposo, tentando corteja-la. Claro que tudo não passava de um teatro. Lotário chega e eles começam a conversar. Por fim acabam por convencer Anselmo da fidelidade de sua esposa. Passado algum tempo novamente Anselmo vê um homem saindo escondido da casa, e vai falar com Leonela. Essa pede que espere até o dia seguinte, pela manhã, que ela irá contar toda a verdade. Camila fica desesperada, foge a noite e vai ao encontro de Lotário, esse tem a idéia de mandá-la a um convento, para escapar da fúria de Anselmo, e ele parte para uma viagem. Anselmo acorda no dia seguinte e vai ao quarto de Leonela não a encontrando lá. Vai então procurar a esposa e encontra o quarto vazio, desorientado vai atrás do amigo e a mesma coisa. Anselmo então vai a casa do tal amigo na aldeia próxima que ia visitar quando resolvia deixar Lotário e Camila a sós, para que o amigo lhe testasse sua fidelidade. A caminho ele sofre um acidente, e fica desacordado na estrada. Quando acorda ele ouve uma conversa, nessa conversa falavam da desgraça que se abatera sobre ele, de que sua esposa tinha tido um caso com o melhor amigo e que fugira para um convento, provocando sua vergonha e desgraça. Após terminar a conversa Anselmo sai de trás dos arbustos e parte para a casa do tal amigo. Lá escreve uma carta de despedida, mas sem concluí-la morre. Camila recebe então a notícia de sua viuvez e alguns dias depois a notícia de que Lotário tinha morrido em uma batalha, onde fora refugiar-se da ira de Anselmo. Camila acaba por morrer de tristeza.